quarta-feira, 29 de abril de 2015

Como dialogar de maneira eficaz


Às vezes, discutimos com nosso cônjuge, inclusive, sobre coisas pouco importantes.  Mas, se há uma reclamação, na maioria dos casos, é porque existe uma necessidade não satisfeita em uma das partes. 

Diante disso, é preciso estabelecer uma forma de comunicação no casamento que atenue o lado negativo da parte emocional do conflito, transformando-o em uma oportunidade de melhorar a vida conjugal. 

Por isso, a prática dos PCEs é muito importante, principalmente a Oração conjugal e o Dever de sentar-se. Contudo, muitas vezes, praticamo-os de forma incorreta e os PCEs acabam se tornando um tipo de DR (Discussão da Relação).

Assim, selecionamos aqui, algumas dicas importantes

1. Quando um dos esposos reclama de alguma coisa, é preciso deixá-lo falar, mesmo quando não tenha a razão, já que precisa desabafar. Uma vez exposto o problema, ele estará mais preparado para dialogar, com mais abertura e serenidade.

2. Quem reclama por bons motivos, geralmente o faz porque ama, porque se interessa e precisa que seu cônjuge se supere.

3. Se for preciso criticar algum defeito ou atitude, faça isso com amor. Se já é doloroso aceitar os próprios defeitos, mais custoso ainda será ter de ouvi-los de outra pessoa. Por isso, precisamos ser delicados e compreensivos na hora de criticar ou dizer algo negativo ao outro.

4. Jamais jogar na cara do outro os erros do passado. É preciso ter compreensão e amor diante das fraquezas do outro, como gostaríamos que fizessem conosco. Em "Os miseráveis", Victor Hugo afirma que ser misericordioso consiste em saber onde estão as feridas do outro, não em tocá-las.

5. Nunca discuta quando você está irritado. Se está com raiva, não é hora de abordar a problemática. Isso exige muita sabedoria e prudência, fortaleza e domínio, controle da ira que podemos sentir quando estamos em conflito.

6. Evite os gestos e sinais de impaciência: eles só demonstram que não há disposição sincera de escutar.

7. Não procure "vencer" em uma discussão. A aparente derrota é, na verdade, uma grande vitória de quem, respondendo com serenidade, se sacrifica por amor a Deus e ao cônjuge. O problema com a discussão é que às vezes se busca mais ganhar do "adversário" do que encontrar caminhos e soluções para as dificuldades.

8. Com relação aos problemas com os filhos, é preciso destacar que o conflito é com o filho, não com o esposo(a), ainda que a falta cometida pelo filho tenha sido abusando do amor de um dos pais.

9. Evite gritar. O grito é em si mesmo uma agressão, independentemente do que se diga.

10. Não admitir a negligência (descuido, apatia), reclamar do que é preciso reclamar. No amor, é preciso ter um grau de exigência saudável. Sempre temos de buscar o melhor para a pessoa a quem amamos, e às vezes será preciso exigir coisas dela. Quando não há amor, somos indiferentes à superação (ou não) da pessoa, mas, com a pessoa amada, isso jamais pode chegar a acontecer.

11. Não discutir na frente dos filhos, fazer isso privadamente. Discutir às vezes é inevitável, porém, mais inevitável ainda é fazer as pazes amorosamente.

12. Nunca terminar o dia após uma discussão sem recuperar a paz, ainda que o conflito não tenha sido resolvido. Humildade para falar, para fazer ver que o amor prevalece.

13. Quando você estiver errado(a), reconheça e peça desculpa. Para muitos, pedir desculpas equivale a uma humilhação, mas não: é grande a pessoa que reconhece que é um ser humano, com qualidades e defeitos, que luta cada dia por superar-se.

14. Quando um não quer, dois não brigam. Quem está errado geralmente é quem mais fala ou grita. Por lógica, quem está mais calmo costuma ver as coisas com maior clareza e poderá dialogar com mais tranquilidade e paz interior.


Fonte:  site Aleteia

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