terça-feira, 13 de setembro de 2016

Como alimentar o amor (e a paixão!) no casamento


Toda relação de casal passa por diversas etapas, e isso se reflete na maneira como ambos experimentam e expressam suas emoções.

Muitos, no entanto, esquecem esta informação e, por isso, pensam que manter a paixão e o amor é voltar ao que se sentia no início do namoro. Mas isso é uma ilusão sem sentido. Nada é tão fictício e passageiro quanto o enamoramento.

As sensações dos apaixonados são resultado dos feromônios e duram, no máximo, 3 anos no corpo; é isso que nos faz sentir-nos bem, não com a pessoa em si, mas devido ao prazer que essa pessoa causa em nós quando está conosco.

Por outro lado, as sensações de bem-estar e agrado que provêm da intimidade, ou seja, da união profunda daqueles que se amam realmente, são intensas e, ao invés de esgotar-se, podem sempre crescer.

Incentivar a intimidade é criar um âmbito de convivência no qual cada um pode ser ele mesmo, expressar seus sentimentos, ter a sensação de que o outro realmente o entende, ao mesmo tempo em que experimenta uma vida sexual prazerosa.

O segredo de um casamento feliz, então, é este: cada um dos cônjuges assume a tarefa de cultivar e proteger o tesouro da intimidade a dois. E como isso exige uma contínua aceitação e descoberta do outro como ele é, não existem regras universais, mas cada casal precisa encontrar seu próprio caminho de intimidade.

Alguns elementos que podem favorecer o crescimento no amor e na intimidade:

– Evitar definir o outro ou suas atitudes (por exemplo: “Ele é um preguiçoso”), pois isso acaba limitando a pessoa e ela provavelmente acabará agindo da forma como foi definida pelo cônjuge.

– Buscar descobrir aspectos novos do outro, porque isso vai tornando o relacionamento cada vez mais interessante.

– Fazer do diálogo a oportunidade para conhecer cada vez mais do outro, sem centrar-se somente nos problemas que precisam ser discutidos.

– Aproveitar todas as oportunidades para sentir o outro como a pessoa mais importante da sua vida.

– Surpreender o cônjuge com detalhes ou gestos de carinho e serviço.

– Estar sempre atento para responder às necessidades do cônjuge: as que ele expressa e as que têm dificuldade de manifestar.

– Escutar o outro sem pressupor de cara o que ele quer dizer.

– Não definir a relação a partir das dificuldades, mas sim centrar a atenção nos pontos fortes ou positivos, que unem.

– Cultivar as diversões e momentos de lazer em comum.

– Fomentar a amizade com casais com os quais possam enriquecer sua própria relação e buscar apoio.

– Acreditar sempre na boa vontade do outro, e confiar em que a outra pessoa não tem intenção explícita nem implícita de causar dano.

– Romper os ciclos de discussão ou a monotonia das expressões com gestos surpreendentes, como abraçar quando o outro não está esperando, interromper uma discussão para refletir, esperar o outro na saída do trabalho etc.

– Evitar fazer uma lista dos erros parecidos, de tal maneira que, cada vez que surge uma dificuldade, a conclusão seja de que “voltamos ao mesmo problema”.

– Orar sempre pelo cônjuge e pela possibilidade de amar a si mesmo e ao outro sempre mais e melhor.

– Buscar ajuda profissional quando for necessário.

Algumas atitudes que podem estancar ou destruir o casamento:

– Achar que já conhecemos tudo sobre o outro.

– Deixar de conquistar o coração e o interesse do outro.

– Definir a pessoa a partir dos seus erros e limitações, ou a partir da imagem que formamos dela.

– Não confiar no poder do diálogo.

– Cruzar o limite do respeito, com humilhações, insultos, zombarias.

– Achar que a ternura e a paixão já não são possíveis entre os dois.

– Deixar de propor alternativas para compartilhar passatempos ou atividades.

– Incluir a família nas discussões ou decisões do casal.

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